Essa mania do humano (inclusive a minha), em rotular as pessoas e criar métricas para determinados rótulos, como: classe social; idade; opção sexual; notas; QI, raça; obesidade…
Usamos os rótulos para classificarmos uma pessoa, amostra ou população. É uma forma organizada sobre percepções padronizadas sobre determina pessoa ou grupo.
Em pesquisa utilizamos estas métricas para gerarmos filtros para definirmos determinada população como objeto de estudo. Não questionamos o mérito se é certo ou errado, não é o caso.
A reflexão é o quanto os rótulos nos cegam em relação as pessoas, pois na percepção humana, primeiro vem o rótulo e depois o relacionamento pessoal, afetivo ou profissional.
O quanto perdermos com esta visão míope, o quanto deixamos de conhecer realmente as pessoas por determinadas premissas padronizadas.
A sensação é “tirar a venda dos olhos” e simplesmente dizer ao humano: quero te conhecer. Por onde começamos?
Tudo o que sai do padrão é difícil e precisa de muita disciplina para mudarmos o nosso mindset. Iniciamos este exercício sem pretensão alguma, mas porque estamos curiosos em conhecermos as pessoas como elas são, sem rótulos. Uma nova experiência.
É muito engraçado quando propomos para as pessoas: quero te conhecer. Por onde começamos? Muitas não sabem o que responder, começam a rir e algumas se emocionam, pelo simples fato, em alguém interessar-se por quem realmente eu sou, não apenas rotular-me. Importante ressaltar que nem todos estão dispostos a responder.
Este exercício é válido, por exemplo, para o seu colega de trabalho, que está ao seu lado há no mínimo um ano e você pouco ou nada sabe sobre ele. Um ótimo exercício para o RH da sua marca.
Também é válido para conhecer o prospect ou consumidor da sua marca, o quanto apenas os rótulos são suportes necessários para desenhar suas estratégias em relação aos produtos ou serviços. Será que as pessoas consumem apenas por classe social ou por interesse, pelo que valorizam e as deixam felizes?
O ser humano é uma caixinha de surpresa, não podemos apenas por uma questão de organização social rotular as pessoas, mas precisamos realmente conhecê-los. O que nos faz feliz como pesquisadores e humano.