Nos últimos 10 anos, varejistas importantes e que caracterizavam – e ainda caracterizam – seus negócios como fast-fashion – como H&M, Zara, entre outros, foram alvo de várias discussões relacionadas a questões ambientais e consumismo. Seus nomes estiveram envolvidos em polêmicas em torno de trabalho análogo, escravidão e falta de políticas ambientais.
Tudo isso colaborou – e muito – para o decrescimento de 7% (de 44 para 41 bilhões de dólares) do setor fast-fashion, desde o início da pandemia, enquanto, no mesmo período, a Shein foi se tornando a maior varejista on-line do mundo, crescendo mais de 700%, de 2018 para cá (dados do @ffw no Instagram).
O sucesso da Shein é atribuído à facilidade de acesso a itens de moda, com preços bem mais em conta, que pessoas de todos os tamanhos têm. A marca chega a disponibilizar cerca de 1000 modelos de peças por dia, demorando menos de uma semana no processo da idealização à disponibilização para venda de um produto. Este modelo de negócio tem sido denominado ultrafast-fashion em contraposição ao fast-fashion, que demora por volta de 15 dias para realizar o mesmo processo.