Há algum tempo, Propósito é um conceito presente nos planejamentos de organizações dos mais diversos segmentos de negócios. As definições mais comuns apontam para algo que move as pessoas. Afinal, ninguém gosta de fazer alguma coisa simplesmente por fazer.
O propósito é o que resume valores históricos, éticos, emocionais e práticos de empresas ou pessoas. O que dá identidade. Um direcionamento. OK! Entende-se, aqui, o como e o porquê, mas e o resultado de se ter um propósito? Vale ter um sem deixar um legado?
Seja nos negócios ou nas vidas das pessoas, declarar seu compromisso por meio de um propósito é, sim, muito importante e motivador, inclusive. Mas de nada adianta se, por meio desta ação de cumprimento do seu compromisso ou de qualquer outra iniciativa – mesmo que não seja seu propósito –, não se deixar algo de bom e efetivo para alguém. Isso se chama legado. Propósito é uma força propulsora muito poderosa, só que o valor dela não se mede olhando pra frente, mas sim, pra trás, por onde se passou.
Um dos principais futuristas do Brasil, Tiago Mattos, fala sobre isso já há algum tempo. Em uma entrevista concedida ao Jornalista Patrick Santos, para o seu blog, ele diz que “ficar só falando de propósito sem deixar nada de legal para o mundo, para mim parece um pouco ‘egotrip’ sabe? Parece que eu estou me jogando confete. E se a gente tiver um propósito muito claro mas ainda assim, não deixar legado, parece que a equação não completa” (fonte: https://patricksantos.com.br/proposito-sem-legado-e-apenas-uma-egotrip-podcast-com-tiago-mattos/).
É inegável que ter um propósito faz com que se trilhe mais rápido a jornada, mas se percorrer este caminho não gerar uma entrega compartilhada, de fato, soa de maneira egocêntrica. Não deixar um legado parece uma equação incompleta.